empatia empatia

Empatia no trabalho: como desenvolver em 7 passos (Guia)

9 minutos para ler

A empatia no trabalho tem o poder de conectar pessoas e gerar um ambiente muito mais produtivo e colaborativo

Quando líderes e colaboradores conseguem se colocar no lugar uns dos outros, a comunicação flui muito melhor e o trabalho em equipe se fortalece.

É claro que sua empresa só tem a ganhar com isso, pois a tendência é melhorar o clima organizacional, a retenção de talentos e a inovação. 

Quer saber como desenvolver a empatia no trabalho e aproveitar todos esses benefícios?

É só continuar a leitura e prestar atenção nas dicas que preparamos para você.

O que é ter empatia no trabalho?

Ter empatia no trabalho significa demonstrar a capacidade de compreender as emoções e o ponto de vista do outro.

Em outras palavras, é se colocar no lugar de colegas, gestores e clientes.

Para entender melhor esse conceito, precisamos esclarecer que empatia não é um sentimento, mas uma habilidade socioemocional.

Ela é um traço importante no âmbito da inteligência emocional, pois permite reconhecer, compreender e responder às emoções alheias com precisão. 

Ao contrário da compaixão, que nos faz compartilhar da dor do outro, a empatia nos faz sentir na pele a experiência alheia, mas sem perder a noção de que se trata da visão de outra pessoa. 

Assim, fica mais fácil gerenciar os relacionamentos e conciliar interesses dentro da empresa.

Por isso, o profissional empático consegue se conectar mais facilmente às pessoas, trabalhar em equipe e colocar em prática a colaboração mútua. 

Logo, podemos dizer que a empatia faz parte das soft skills (competências comportamentais) mais desejadas no ambiente de trabalho. 

Quando incorporada à cultura organizacional, ela tem um impacto decisivo na comunicação interna e produtividade, além de melhorar o nível de engajamento.

A importância da empatia no ambiente de trabalho

A empatia no trabalho funciona como uma ponte que conecta diferentes pessoas e realidades, promovendo a identificação entre os colaboradores.

Ela deve ser aplicada principalmente de cima para baixo, por meio de uma atitude positiva da liderança.

Assim, os colaboradores sentem que suas emoções, dores e opiniões são levadas a sério, e ficam motivados para contribuir com o crescimento do negócio e trabalhar em equipe. 

Da mesma forma, a empatia deve ser um valor básico da cultura da empresa, incentivado todos a se colocarem no lugar do outro para melhorar a comunicação e criar um ambiente colaborativo. 

De modo geral, existe uma falsa impressão de que esse comportamento não combina com a pressão por competitividade nos negócios.

Mas o efeito é justamente o contrário: a empatia tem o poder de estreitar laços e favorecer o desenvolvimento do potencial dos colaboradores.

Assim, a consequência é a melhora dos resultados da empresa e do clima organizacional, além da facilidade para reter talentos.

De acordo com a pesquisa 2020 State of Workplace Empathy Study, realizada anualmente nos EUA pela Businessolver, 90% dos profissionais afirmam que a empatia é fundamental dentro das empresas.

O estudo mostra que os gestores enxergam um grande potencial de aumento da produtividade e retorno financeiro na prática da empatia, enquanto os colaboradores a veem como uma fonte de motivação e engajamento. 

No entanto, enquanto 90% dos CEOs acreditam que sua empresa é empática em todos os níveis, esse percentual cai para 68% quando é considerada apenas a opinião dos funcionários.

Logo, há uma clara disparidade entre a crença dos líderes e a percepção real dos colaboradores.

Para contornar esse problema e colher os frutos da empatia, é preciso investir no desenvolvimento dessa competência no ambiente de trabalho. 

Como desenvolver a empatia no trabalho: passo a passo

Para desenvolver a empatia no trabalho, você deve implementar uma série de mudanças culturais e gerenciais na empresa.

Não sabe por onde começar? Veja algumas sugestões de caminhos para chegar lá. 

1. Forme uma liderança empática

De nada adianta colocar a empatia nos discursos da empresa se ela não estiver presente de fato nas práticas da gestão, concorda?

Por isso, um dos primeiros passos para prover essa habilidade emocional dentro do negócio é formar líderes verdadeiramente empáticos.

Mas como fazer isso?

O primeiro passo é capacitar seus gestores com base nos princípios da liderança positiva.

Ela envolve a escuta ativa dos colaboradores, compreensão dos diferentes perfis profissionais e comunicação não violenta.

Dessa forma, os líderes atuarão como embaixadores na promoção de uma cultura empática na organização. 

2. Invista na escuta corporativa

A escuta corporativa é a principal bandeira do movimento Poder da Escuta e também um dos pilares da empatia no trabalho.

Afinal, uma gestão empática é aquela que ouve o que seus colaboradores têm a dizer, valoriza suas opiniões e gera uma sensação de pertencimento nas equipes.

Para isso, é fundamental que você crie canais de comunicação abertos, promova o fluxo de ideias e faça cada colaborador sentir que sua voz tem valor. 

Lembrando que a prática da escuta ativa exige foco nas necessidades e sentimentos das pessoas, e não apenas o ato de ouvir. 

3. Ofereça flexibilidade 

A flexibilidade é outro ponto essencial na cultura empática, pois está diretamente ligada à humanização no ambiente de trabalho.

Na prática, significa oferecer opções para que os colaboradores consigam conciliar melhor a vida pessoal e profissional, pensando no bem-estar das pessoas. 

Alguns exemplos são:

  • Horários flexíveis
  • Política de home office parcial ou integral para determinados cargos
  • Licenças maternidade e paternidade estendidas.

Essas e outras medidas demonstram a preocupação da empresa com a qualidade de vida do colaborador.

Seguir por esse caminho é uma das maiores provas de que a empresa pratica a empatia no trabalho.

Ao mesmo tempo, indica que os gestores conseguem se colocar no lugar de seus liderados. 

4. Promova diálogos e troca de ideias

Quando o assunto é empatia no trabalho, a livre troca de ideias é requisito básico.

Seus colaboradores precisam se sentir à vontade para compartilhar opiniões e ter conversas francas entre si.

Para isso, é interessante criar espaços de convivência que encorajem a quebra de barreiras entre as áreas.

Também vale utilizar tecnologias colaborativas, como redes sociais corporativas.

A ideia é que ninguém tenha receio de compartilhar seus sentimentos e dar opiniões por medo do julgamento alheio. 

5. Valorize o aprendizado e a inovação

A empatia no trabalho também passa por uma cultura de aprendizagem e inovação.

Nesse caso, é importante entender que os erros fazem parte do processo e, a partir daí, encorajar os colaboradores a colocarem suas ideias em prática.

Em um ambiente empático, ninguém será julgado porque tentou e fracassou na primeira vez.

Pelo contrário: o colaborador será incentivado a corrigir erros, se aprimorar e alcançar o sucesso com feedbacks produtivos. 

6. Pratique o reconhecimento

Todo colaborador quer ser reconhecido pelos seus esforços, e essa pode ser uma forma efetiva de desenvolver a empatia. 

Para isso, crie programas de incentivo e recompensas para quem alcançar metas.

Procure também incentivar os líderes a reconhecer cada conquista de seus colaboradores. 

Em um ambiente de trabalho onde as pessoas se sentem valorizadas e pertencentes, a tendência é ter resultados cada vez melhores. 

7. Promova a diversidade e inclusão

Uma empresa que promove a diversidade e inclusão tem muito mais chances de fortalecer a empatia em suas relações internas.

Isso porque uma das bases da visão empática é reconhecer, aceitar e lidar com as diferenças do outro. 

Quanto mais pontos de vista, histórias, origens e opiniões diferentes conviverem no mesmo espaço, maior será o potencial para o desenvolvimento da empatia. 

Dinâmica sobre empatia no trabalho

Para uma atividade mais prática, você pode propor dinâmicas sobre empatia no trabalho e, assim, incentivar os colaboradores.

Afinal, nem sempre nós temos a oportunidade de focar no outro e compreender seus sentimentos no dia a dia.

Além disso, muitas pessoas não sabem como exercitar essa habilidade.

Uma dinâmica interessante é a “Se eu fosse você”, que consiste em encorajar os colaboradores a se colocarem no lugar do colega de forma lúdica.

Para aplicar essa atividade, você só precisa distribuir papel e caneta para os participantes em uma sala.

Então, cada profissional deve ser orientado a escrever um pequeno perfil pessoal na folha, contendo informações como:

  • Nome ou apelido
  • Estado civil e se tem filhos e pets
  • Cargo e função dentro da empresa
  • Formação
  • Principais hobbies 
  • Áreas de interesse.

Depois, você deve recolher os papéis e distribuí-los aleatoriamente, de forma que ninguém fique com sua própria folha.

Com o perfil em mãos, cada colaborador deve imaginar onde essa pessoa estará daqui a 5 anos e compartilhar com a equipe suas perspectivas sobre o futuro do colega. 

Esse exercício é muito interessante para aproximar pessoas, ajudar equipes a se conhecerem melhor e promover a empatia. 

Isso porque o profissional precisa assumir o ponto de vista do colega e usar a criatividade para pensar em metas pessoais e profissionais com base nas informações recebidas.

O resultado costuma ser bastante divertido e cumprir seu papel de criar um clima mais empático. 

E então, gostou das dicas para desenvolver a empatia no trabalho e criar um ambiente mais colaborativo?

Continue acompanhando os conteúdos do Poder da Escuta para transformar sua empresa e valorizar seus talentos.

Posts relacionados

Deixe um comentário